sábado, 9 de abril de 2011

Solidão

Procuro um olhar certeiro, que me envolva.
 Em todo lugar que olho vejo olhos brilhantes, mas nunca para mim.
Os meus, de tão confusos já não brilham mais, não de paixão.
Cansei, por hoje, de escrever sobre o brilho no olhar de quem já não sei mais se amo, por quem já não sei mais se meus olhos brilham. Quero hoje falar sobre o que arranca o brilho dos meus pequenos e caídos olhos castanho-escuros, cujo papai e mamãe fizeram com muita dedicação.
Nos olhos daquele que tenho por melhor amigo encontro, mesmo em meio a lágrimas, o amor, e, junto dele, o medo. Medo de ficar sózinho, solitário.
Estremecem-se algumas de minhas amigas ao apenas citar-se um nome. Novamente, é o medo de perder alguém que lhes tira o sono.
Eu me mordo apenas de pensar em ficar sozinha, e, incrivelmente, me encontro assim todos os dias.
Engraçado, não?
Luto instante após instante contra a realidade constante de meu coração. Me assusto ao me encontrar em situação de "plena compania", sabe? Quando se sente acompanhada, mesmo quando se deita sozinha pra dormir? Quando sua mente e coração estão ligados ao de outro e estar sozinho não significa mais estar solitário? É incrível este sentimento, mas eu, infelismente, tenho apenas provado curto períodos dele. Por consequência disso, fico vivendo por esperar, sem esperanças, um dia de cada vez acontecer.

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